17 de abr. de 2011

Nada se esvai

Somos feridos quando nascemos
Somos mortos quando mudamos
Somos peritos para o que viemos
Somos perfeitos vivos mundanos
Não é agua que corre em rio
É agua de pântano morto sombrio
Rostos mortos, velhos cheio de brio
Nada lhes resta a não ser o banho no rio
Corre pra longe afugenta a lembrança
Abre essa barragem para que venha a mudança
Preso nesse lago só fica a pujança
De um rosto morto que só traz uma lembrança
Lembrança de dor, lembrança de morte
Lembrança sem cor, apenas um corte
Talvez meu temor não seja má sorte
Tinha uma cor, hoje apenas um corte

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